domingo, 6 de maio de 2012

EstiloXEmoção


ESTILO x EMOÇÃO

“Não somos feitos de uma matéria fixa, imutável; somos produto dos encontros, das conexões que nos permitimos fazer ao longo da nossa existência.”* A gente tem personalidade definida, tem todo um modus operandi que funciona direitinho (trabalha, almoça, encontra amigos, resolve problemas…) e tem um guarda-roupa “na medida“. Tudo isso junto implica num estilo de vestir definido, que externe essas subjetividades com clareza para o mundo em volta. Mas e essa instabilidade, fruto dos “encontros e conexões” que a gente se permite fazer?
Qual o tamanho da relação entre o que acontece com a gente e o que a gente escolhe vestir? E qual a importância dessa relação? O emocional de um indivíduo pode se sobrepor ao seu estilo pessoal? Ou obrigatoriamente se manifesta aliado a ele?!??

**às vezes a gente tá feliz
A gente não é estável (nunca) e tá todo mundo sujeito ao novo, ao inesperado. Mega natural que haja diferenças no vestir por conta desses ‘desacertos’ que teimam em acontecer no meio dos caminhos. O inesperado surpreende – apesar de saber que se deve viver esperando o inesperado, quem tá preparado de verdade pra ele?!?? A segurança do vestir-se automaticamente pode ser fragilizada por humores, amores, viagens, trabalhos, sustos ou medos… não pode? “O termo ‘complexidade’ vem do latim complexus, que significa ‘o que abrange muitos elementos ou várias partes’. É um conjunto de circunstâncias, ou coisas independentes –> ou seja, que apresentam ligação entre si. Trata-se da congregação de elementos que são membros e partícipes do todo.”* O que a gente veste tem que falar da gente = nossas escolhas no vestir têm ligação com quem a gente é. E qualquer situação complexa que a gente vive “abrange muitos elementos ou várias partes”. O vestir também.
A gente pode usar moda pra acolher, pra confortar, pra camuflar sentimentos ou situações mal-resolvidas, pra alegrar, pra estimular. Escolher materiais fofos e aconchegantes pode ser sintoma de desconforto. Escolher cores coloridas pode pretender alegrar alguém tristinho. Escolher tons neutros e sóbrios pode dar sensação de se querer refletir, acalmar, permanecer inerte. Dificuldade de escolha pode decorrer de confusão mental, confusão de tudo. E se a gente conscientizar isso tudo, dá pra escolher direito, com propósito. Tipo mudar de roupa pra mudar de comportamento, ou mudar de comportamento e por isso mudar de roupa. As inglesas do ‘Esquadrão da Moda‘ escreveram um livro chamado “What you wear can change your life” e elas têm alguma razão.

** às vezes a gente tá triste
“O que de fato buscamos é captar o tempo todo o que se faz e o que se desfaz em nós, dar forma ao que vivenciamos em nossa subjetividade. Chega o momento, então, em que, a despeito da forte sensação de vertigem e desorientação que possamos experimentar, é preciso abandonar aquela forma que virou carcaça, não nos diz mais nada, e ir em busca de outra que pareça vital, que “aumente nossa potência de agir”*. Terapia em frente ao espelho; estímulo pra curas e atitudes e mudanças e tomadas de decisão que podem ser influenciadas e exteriorizadas no discurso não-verbal.
Sabe quando dá vontade de correr pro cabelereiro e mudar radical, tipo ficar loira? Então.

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